MORADORES DO ULYSSES GUIMARÃES RECLAMAM DA VIOLÊNCIA POLICIAL NO BAIRRO

Ações foram intensificadas após assassinato de policial militar em Joinville. Moradores relatam agressões físicas, verbais e ameaças

por Adrieli Evarini
“Em três minutos, a minha vida mudou”. A afirmação é de um adolescente que, aos 16 anos, teve a mandíbula deslocada, um dente e o nariz quebrados e que passou por cirurgia para correções faciais e colocação de uma placa para restauração de um osso da face, também fraturado. Rafael* conta que na última segunda-feira (28), ao voltar para casa, no bairro Ulysses Guimarães, zona Sul de Joinville, foi abordado por policiais que faziam uma varredura após o assassinato do cabo da Polícia Militar Joacir Roberto Vieira, morto no bairro Itaum, na mesma região. Depois de passar a tarde na escola e andar de skate na companhia de um amigo, Rafael voltava para casa, no loteamento Juquiá, por volta das 19h30, quando foi abordado pelo menos duas vezes. Na terceira abordagem, ele conta que dois policiais desceram do carro e o espancaram por cerca de três minutos. “Só me batiam, não falavam, não perguntavam nada. Eu até falei que não estava com droga, com nada e eles falaram ‘ah, não quero nem saber, vai apanhar do mesmo jeito’. E me bateram. Eu só senti meu dente caindo. Foi tudo muito rápido”, diz. “Na hora eu não senti nada, estava com o sangue quente, quando eu cheguei mais perto [de casa] começou a dar uma tontura, daí eu vi minha mãe. Ela parou o carro e eu só senti que tinha quebrado meu nariz quando tentei respirar e não conseguia, aí olhei e vi o casaco todo vermelho de sangue. Naquela hora começou a doer”, completa.

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