Ditadura Nunca Mais! Direitos Humanos Sempre!

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O Centro dos Direitos Humanos Maria da Graça Bráz (CDH), no dia 11 de março, realizou uma audiência pública comemorativa aos 35 anos da instituição, que surgiu no contexto da resistência à ditadura civil militar. Por conta da sua trajetória dedicada aos direitos humanos, o CDH argumentou sobre a importância da instalação de uma Comissão Municipal da Verdade para investigar as relações entre setores da sociedade civil e os militares, assim como as prisões e torturas de opositores ao regime ditatorial instaurado com o golpe no dia 01 de abril de 1964.

A Câmara de Vereadores de Joinville, em nome dos vereadores Adilson Mariano e Rodrigo Fachinni encaminharam o debate via Comissão de Participação Popular e Cidadania, com presidência do vereador James Schoreder. O debate encaminhado com participação do CDH, Departamento de História da UNIVILLE e Ordem dos Advogados de Joinville (OAB) iniciou um projeto de criação da Comissão Municipal da Verdade. A Câmara de Vereadores agendou uma reunião com o prefeito Udo Dohler para acatar o projeto. Após a reunião, o prefeito aceitou o projeto e a Câmara votou favorável a criação. Agora, o projeto voltou para mesa do prefeito, que ainda não assinou a criação da Comissão Municipal da Verdade.

O ato de criação da Comissão Municipal da Verdade é fundamental para contribuir com os fechamentos dos trabalhos da Comissão Estadual e Nacional. Pois, na história do tempo presente de Joinville, o tema da ditadura civil-militar é uma lacuna, que precisa ser revista e analisada a luz dos direitos humanos. Importante olhar para o passado com o olhar de hoje, no intuito de reparar os crimes cometidos pelo Estado brasileiro entre os anos de 1946-1988. Afinal, as violações dos direitos humanos na sociedade contemporânea são permanências dos anos de chumbo.

O passar dos dias da não assinatura do prefeito de Udo Dohler prorroga ainda mais as dores e a impotência frente ao desconhecimento das histórias de lutas por uma cidade pautada nos direitos humanos. As famílias joinvilenses, assim como de outras cidades, carregam os dramas de ter acompanhado as seqüelas das torturas e prisões ilegais de homens e mulheres.
A hora de assinar é agora.

 

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