Dom Evaristo Arns, presente!

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Morreu nesta quarta-feira (14), aos 95 anos, Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo. Desde o dia 28 de novembro, o cardeal estava internado na UTI do Hospital Santa Catarina com broncopneumonia e problemas no sistema renal.

O bispo de São Paulo, nascido em 1921 em Forquilhinha, foi ordenado sacerdote em 1945 e formou-se em literatura antiga, estudos gregos, brasileiros e latinos. Ele também criou a Pastoral da Infância com o apoio da irmã Zilda Arns, que realizava trabalhos humanitários.

Na época da ditadura, destacou-se por ser contra as torturas praticadas e ter voto a favor das Diretas Já. Ele mantinha encontros de forma sigilosa com líderes exteriores para alertar as violações dos direitos humanos no Brasil se tronando, assim, um dos maiores defensores de Direitos Humanos na Igreja do Brasil ao lado de Dom Helder Câmara e Dom Luciano Mendes.

D. Evaristo Arns esteve na fundação do Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Bráz, em 11 de março de 1979. Estava sempre do lado do povo, quando alguém era preso ou sofria alguma repressão dos órgãos do Estado, ele prestava atendimento e lutava ao lado das vítimas. Por isso era chamado de “cardeal da esperança”.

“Ele ajudou muito aqui da fundação do CDH, vindo lá de São Paulo. Ele era uma pessoa muito em defesa da vida, dos pobres, que todos tivessem as mesmas condições.” comenta Irma Kniess, uma das diretoras da organização.Reconhecemos a importância do arcebispo na luta pelos direitos sociais na sociedade brasileira e comunicamos esta notícia com muito pesar.

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