Um aniversário de lutas – 36 anos do CDH

imagesHoje o Centro dos Direitos Humanos de Joinville Maria da Graça Braz completa 36 anos. Na linha do tempo do CDH cabem muitas lutas, conquistas e histórias de vida. Na luta por moradia desde a fundação até hoje. Na luta por saúde de qualidade, educação, equidade. Na luta por trabalho digno, no diálogo religioso, na articulação de lideranças nos bairros. Na luta para que se cumpra a lei sempre embasada na Constituição Federal Brasileira e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Muitos são os rostos que fizeram parte desta história que se desenha pela triste realidade de que os direitos mais fundamentais do ser humano são violados por outros seres humanos que vivem na ala dos privilegiados da sociedade. Assim, ao considerar que a história não é estática, que todas as instituições passam por ajustes, por modificações, adaptações, porque cada vez mais o mundo integra-se aos interesses econômicos e carrega consigo ao universo complexo da política, é possível compreender o CDH também passou por adaptações e não de rupturas para dar continuidade aos seus objetivos, ou seja, apoiar os movimentos sociais e instrumentalizar a comunidade a apropriar-se de mecanismos de defesa para garantir os direitos constitucionais por meio do conhecimento, uma vez que a democracia representativa nem sempre representa os interesses sociais.

Importante lembrar que a partir da efetivação da política neoliberal a caminhada do CDH ampliou o seu leque de variáveis, porque já não se tratava mais de apenas agir localmente em resposta às ações pontuais ao desrespeito dos direitos constitucionais. A questão tornou-se complexa, pois se trata de uma articulação econômica arquitetada sutilmente, sem que seja vista como uma política autoritária. Portanto, é preciso um planejamento constante de ações que acompanhem os desdobramentos da política mundial. Além do mais, depois da regulamentação da participação da sociedade civil nos Conselho Municipais a partir da Constituição Federal de 1988, o CDH tem se desdobrado para se fazer presente nestas instâncias de poder.

Das lutas pela moradia, pela terra, pela justiça, pela segurança, pela formação de lideranças, o CDH mantém um nome reconhecido nacionalmente e internacionalmente. Suas posições políticas estão marcadas em suas ações e compromisso na defesa dos direitos humanos, às vezes, não compreendidas pela sociedade, em especial, por segmentos da classe empresarial.

Desta forma é necessária a permanência do CDH de Joinville porque ainda há violações dos direitos humanos. No entanto, o tema Direitos Humanos é ainda pouco abordado nas instituições de ensino, enquanto que se valoriza o consumismo e tudo o que o mercado promete como porta de entrada à felicidade.

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